Treino - Redução de Magia - Keiko S. Lightwood
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Treino - Redução de Magia - Keiko S. Lightwood
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Eu acordo em um dia frio e faço as coisas de sempre acordando Ane-chan e Nyo, fazendo cereais e colocando sua ração. Ane-chan aparece vestida e come enquanto eu verifico as cartas.
Eu desanimo vendo vários papeis coloridos falando:
-Propaganda. Propaganda. Contas. Propaganda. Propaganda. Carta do vizinho de reclamação. Carta da minha mãe. Propaganda...
Ane-chan fala rapidamente:
-Keiko, uma carta da sua mãe !
Eu falei com tanto desânimo que nem percebi, eu sento na mesa e a abro. A carta diz:
Keiko
Venha me visitar quando puder, achei outro diário de seu pai, mas esse apenas de magia, e gostaria que você viesse buscar pois não quero coisas do tipo em minha casa. Pode trazer sua amiga junto? Quero conhecê-la
Sua mãe
Me arrumo apressadamente jogando a carta em cima da cama e Ane-chan para para lê-la e ela se surpreende dizendo:
-Por....Porque sssssssua mãe quer me conhecer??- Ainda tenho leves agonias quando ela prolonga o " S " mas já estou me acostumando com isso.
-Ela é mãe, não perde o hábito. Só quer saber com quem ando - Digo gritando do banheiro escovando meu cabelo e o deixando mais arrumado possível. Desde que fiz a perícia tenho passado a me arrumar mais, acho que é um desses instintos de gatos.
Coloco minha roupa habitual a amaciando em meu corpo. Coloco a espada na bainha no cinto de minha saia e coloco a capa branca que combina com minha orelhas e cauda de gato. Eu a fecho no pescoço fazendo um V invertido em minha roupa e deixo o capuz abaixado.
Fazendo a vontade de minha mãe, Ane-chan vem comigo, caminho rapidamente pelas ruas de Magnólia, quase correndo e quando estou chegando em casa o vizinho me aborda de novo, mas dessa vez com sua filha: uma figura baixa de olhos verdes e cabelos loiros
Eu a cumprimento amigavelmente:
-Oi, Hana ! Oi , Pai da Hana ! - Digo querendo me apressar, eu lembro de como a menina era irritante
Hana me aborda dizendo:
-Quanto tempo! Ainda se culpa pela morte de sua irmã? Quem é essa? Por que tem orelhas de gato? O que faz com uma capa? Vai me machucar com a espada? Por que está aqui ? Porque está apressada? Olha você tem uma gata ! Qual o nome? O que é essa marca na sua mão?
Se eu pudesse responder só responderia " Vai me machucar com a espada?" " Não, vou matá-la com ela se ficar fazendo perguntas"
Eu fico zonza de muitas perguntas e acabo por falando já quase na porta de casa
-Depois falo com você, me mande cartas ! Estou com pressa
Minha mãe atende e Ane-chan se vira um pouco atrás de mim para vê: Ela tem cabelos castanhos e cacheados que caem no ombro e os mesmos olhos azuis que os meus. Os cabelos ruivos puxei de meu pai.
Ela pede para nós almoçarmos enquanto conversa com Ane-chan e me faz algumas perguntas, eu estou bem quieta pra falar a verdade, quero ver o diário de meu pai.
Minha mãe lava a louça ainda conversando com Ane-chan e eu vou pra sala com Nyo ao meu lado e espero. Ouço a voz das duas conversando, vejo que Ane-chan causou uma boa impressão em minha mãe.
Eu acabo cochilando e sou acordada por Ane-chan e vejo que minha mãe está com a chave do quarto indo em direção ao corredor, então vou rapidamente ao seu encontre e assim que ela abre a porta eu pulo para dentro e vou direto a escrivaninha onde um livro de capa de couro negro espera em cima. Ane-chan sai com minha mãe que pede para ela me deixar um pouco sozinha.
Eu leio as páginas que falam como melhorar meu desempenho em magia. Ele cita um velho amigo ancião que mora nas montanhas e poderia me ajudar com isso e tem uma breve citação: " Se for a Keiko, ele lhe reconhecera pelo cabelo mas caso seja Mieko, sugiro que leve sua irmã junto". Eu pego o livro o abraçando contra o peito e vou para a sala. Já escureceu e tem leves previsões de chuva. Eu encontro Ane-chan conversando e aprendendo a tricotar com minha mãe. Coitada dela não ter nada pra fazer esse tempo todo.
Minha mãe sugere que jantamos aqui hoje então aceitamos e eu e Ane-chan ficamos sentadas na sala sozinhas. A casa de minha mãe ainda tem o cheiro familiar de flores e amaciante o que me dá uma sensação de segurança e conforto. Como estamos sem nada o que fazer Ane-chan pergunta:
-Quem era aquela menina?
-Ah, ela era a única próxima de uma amiga depois que a minha irmã morreu. Eu não a agüentava e não agüento, acho que percebeu porque -Respondo
Ela muda de assunto dizendo:
-Hum, o que estava escrito no diário?
-Ah, sobre isso, tem uma maneira de gastarmos menos magia quando a usamos ! Só precisaremos ir a um templo em uma cidade próxima daqui. Você vem?-Pergunto
-Sssssssssim, também acho que preciso...-Ela diz prolongando novamente o " s "
Eu olho para o diário de capa de couro negro em minha mão e penso todos os dias em que ele se trancava no quarto deixando eu e minha irmã com minha mãe na sala, tantos dias que ele deve ter demorado pra ser escrito, ou brigado com a minha mãe para poder escrever. Todas as vezes que escondeu a magia de nós e agora quer desesperadamente que eu aprenda através de uma herança deixada por ele : o seu diário , que contém todas as suas experiências de vida tanto normal quanto mágica. E o pior: ele não teve uma morte brava como a de Mieko, ele morreu de ataque cardíaco. Acho que não agüentou a pressão de não poder usar magia ao lado de minha mãe e estavam sempre brigando, quando isso acontecia, eu ia para o quarto de Mieko e sentava em sua cama e nós duas rezávamos juntas para algum dia aquilo acabar. Bem, acabou, mas não do jeito que queríamos.
Sem perceber estou presa em meus pensamentos, minha mãe aparece e eu sinto uma pontada de ódio momentâneo por causa do que estava pensando. Passa, mas ainda sim sinto como se ela não tivesse mudado.
Nós jantamos conversando sobre quase nada, coisas que não importam. E eu penso no que estava pensando. Meu pai não teve um enterro. Ele simplesmente morreu no hospital e nos ligaram avisando que ele tinha morrido e seu pai falou que levá-lo-ia embora para ser enterrado junto aos avôs e avós. A ultima vez que vi meu pai? Não sei se lembro. Acho que foi quando ele estava doente e minha mãe o estava levando no hospital. Ele me olhou pela ultima vez dentro da carruagem alugada desesperadamente e minha mãe saiu me deixando sozinha com Mieko que me confortava falando que ia ficar tudo bem. Infelizmente, não ficou tudo bem, nem pude ver meu pai depois daquele dia.
Acabamos de jantar e eu coloco Nyo no meu colo a segurando com uma mão e na outra o diário.
Chego em casa com a cabeça cheia de coisas, acho que nunca pensei tanto sobre esse assunto desde que ele morreu. Eu vou para o quarto e me deito do jeito que estava, apenas tirando os sapatos e dormindo rapidamente.
Eu acordo cansada já com um objetivo em mente , vejo as minhas malas e as de Ane-chan na porta de casa já prontas para ser carregadas, acho que ela arrumou sem minha ajuda, tenho que compensar isso depois. Eu acordo com as roupas amarrotadas e vou tomar um banho. Acho incrivelmente relaxante a água quente depois que você acorda, embora você fique com mais sono ainda.
Está frio, eu coloco minhas roupas habituais com um casaco e uma capa branca que comprei pouco depois de entrar na Succubus, ela chega até o meu pé e me esquenta por dentro se eu a fecho então prefiro usá-la.
Ane-chan se prepara também e coloca sua capa por causa do frio, eu ainda acrescento cachecol e luvas , que esconde minha marca da Succubus.
Outro motivo por causa da capa: Ela esconde a bainha de minha espada permitindo eu andar sem olhares do tipo:"Socorro, ela vai me decapitar com essa espada !"
Nós iríamos pegar um templo para uma cidade próxima da qui e visitar um templo onde um homem diz ajudar com treinamentos do tipo magia, ele é um velho conhecido de meu pai então acho que nos receberá de braços abertos.
Quase perdemos o trem, mas só quase. Somos as ultimas a ocuparem o trem e ainda arranjamos confusão por Nyo não poder entrar , então ela usa sua magia e se transforma em Ane-chan, uma de suas memórias além de mim. Então a deixaram entrar mas tivemos que pagar outra passagem.
A viajem não demora e Nyo não pode voltar a forma gata então fica resmungando ao meu lado e se espreguiçando como uma gata gigante e me irritando enquanto leio , então ela finalmente para e se senta corretamente no banco , entediada.
Eu novamente reflito. Por que será que minha mãe não gosta de magia? Sabe, ninguém simplesmente odeia uma coisa sem motivo. Eu nunca perguntei sobre o passado dela por que ela realmente me dava medo e algumas vezes quando eu perguntava algo pra ela , ela acabava não respondendo. Já fiquei de castigo por causa de uma pergunta, mas Mieko me levava biscoitos escondidos da cozinha e ficava escondida comigo no meu quarto. Quando minha mãe ia verificar ela se escondia de baixo da cama. Mieko tinha os mesmos cabelos de minha mãe e os olhos verdes do meu pai e eu lembro claramente dela todos os dias. Tenho medo de esquecer como ela era antes de morrer
Bem , será que ela morreu por minha culpa mesmo? Eu a segui, mas se ela tivesse obedecido minha mãe isso nunca teria acontecido, não? E se ela nunca tivesse sido chamada pelo grupo também não teria ido na missão e morrido. E se outro amigo dela qualquer que fosse ficasse com aquele mago, o desfecho seria assim tão trágico?Eu fico presa em minhas próprias perguntas sem resposta por um bom tempo mas um solavanco no trem me faz voltar a realidade
Nós chegamos e Nyo vira novamente uma gata saindo correndo, eu sei que ela voltaria portanto não ligo, nós saímos e pegamos um guia rápido da cidade para podermos saber onde é a tal floresta.
No final é no sul e eu e Ane-chan vamos em direção a floresta com Nyo ao meu lado e a espada na bainha de meu cinto. Eu olho ao redor um pouco assustada, ouvindo alguns barulhos e ruídos.
Avistamos o templo de noite e estava entardecendo , começa a chover e estávamos num monte que era um lugar com grandes riscos de cair raios. Finalmente o avistamos: o templo,ele era um grande monumento de pedra com uma imensa escadaria que dava em um grande arco com árvores de cerejeira em volta. Nós entramos e encontramos algo parecido com uma casa e deduzo que seja do mago ancião conhecido de meu pai , a porta está aberta e então entro me sentando no sofá cansada sem nem antes saber se posso. Ane-chan fica parada na porta mas logo entra também
Um pouco depois um homem, que eu pensei que seria velho tem mais ou menos a idade que meu pai teria, aparece .Eu me levanto e le olha pra mim e para Ane-chan dizendo:
-Xô!
Ótimo. Um velho louco
Ane-chan se segura pra não rir como eu estou fazendo mas eu respiro e falo:
-Eu... Nós, estamos aqui para aprender com o senhor. Sou filha de John Lightwood.
Ele abaixa os óculos e me observa por alguns minutos tentando me reconhecer. Então ele fala levantando um dedo:
-Só um momentinho. Ele se vira e corre pra porta onde entrou e se ouvem cochichos de duas pessoas. ele não está sozinho
Ele volta e deixa a porta aberta e alguém a fecha subitamente sem eu conseguir ver quem era, eu curiosa pergunto:
-Quem...quem era?
-Ninguém que seja importante para vocês ,então, vamos conversar amanha , já está tarde e tem um quarto de hóspedes por ali. Se vocês não acordarem cedo amanhã não haverá treinamento. Agora, Xô!
Nós vamos para o quarto de hóspedes e eu caio de costas na cama escorrendo no chão e caindo sentada falando:
-Porque senhor... porque um velho doido senhor?
Eu fico pensando em quem estava atrás da porta, ele disse " Ninguém que seja importante ". Eu finjo dormir e quando são umas 2:00 da manhã eu levanto andando silenciosamente, o que minha perícia felina auxilia, até o quarto onde o homem estava e tento escutar algo. Nada. Então eu vou a sala e vejo as várias anotações em cima da mesa e me surpreendo: A caligrafia do meu pai. Eu pego o diário no quarto e comparo. As letras são idênticas.
Nesse momento ouço a porta se abrir e um par de olhos verdes me observa, quando eu viro ele fecha a porta rapidamente. O velho acorda com o barulho me vê e pergunta:
-O que faz aqui essa hora, criança?
-P-Pro-Procurando a cozinha ! - Dou uma desculpa rapidamente
-E para quê?
-Água, estou com sede.
Ele me trás uma garrafa d'água e me manda de volta para o quarto o trancando e jogando a chave por baixo da porta. Ele diz em tom abafado por causa da porta
-Se você sair daí, eu vou escutar o trinco da chave abrindo a porta. Nos vemos amanha as 8:00, melhor estar pronta
Ane-chan me acorda e estou incrivelmente sonolenta. Nós tomamos café com o ancião, mas o homem do quarto ainda não saiu.
Ele olha pra nós duas e aponta pra mim:
-Você! Vai começar primeiro, vocês tem que estar separadas se não ,não haverá concentração.
Eu sou mandada para uma sala com piso meio bege e paredes de vidro onde poso ver perfeitamente minha aparência o que me faz dar aquelas pequenas ajeitadas no cabelo e roupas. Ele acende algumas velas de incenso em volta dos espelhos e pede para eu sentar no centro e eu o faço. Ele diz:
-Agora feche os olhos - Eu vou fazendo o que ele pede - Respire, Inspire, Respire, inspire, calmamente.... repita esse processo por enquanto
Perco a conta de tantas vezes que faço isso e depois de um tempo ouço sua voz
-Pare, agora você se concentre em toda as sua magia do corpo
Eu faço isso imaginando todo meu poder mágico, eu sinto ele colocar a mão em minha cabeça e eu sinto um leve relaxamento, como se o peso da magia estivesse diminuindo em meu corpo. Ouço sua voz de novo:
-Agora o imagine ficando maior e mais forte .
Eu faço isso, era como se o meu poder mágico aumentasse tanto quanto ele ia ficando mais leve com o toque do Ancião.
Se passaram 3 horas desde que entrei no quarto e ele diz:
-Acabou com você por hoje.
Eu me levanto cansada e estou quase saindo quando ele fala:
-Ainda não
Eu viro confusa pra ele e ele diz:
-Tem uma coisa que preciso te contar Karen...
-Keiko -Interrompo
-Tanto faz, quer ouvir ou não? Bem é que.... eu sou o amigo do seu pai, você sabe disso certo?
-Sim...-Digo confusa
-Ok, vou ser direto: Ele está vivo .
Um choque atravessa minha mente, como? Imagino meu pai doente na cama de casa se recuperando de seu primeiro ataque quase morrendo. Eu e Mieko rezando quietas no quarto enquanto isso acontecia e minha mãe brigava com ele culpando a magia. Lembro de seu ultimo olhar pra mim e ele indo embora pra nunca mais me ver. E depois lembro dos olhos verdes me observando através da porta
Será verdade?
Percebo que é bom de mais pra ser, então digo:
-Ha! Gostei da pegadinha, posso ir agora? Estou cansada
-Não é brincadeira, ele não sai do quarto por causa de você
Eu fico em estado de choque e sei que estou prestes a desmaiar, não sei se sinto ódio ou se fico feliz, não sei o que tenho que fazer.
Ele é mais alto que eu, e coloca a mão em minhas costas me empurrando pra porta dizendo:
-Agora, vá, te conto melhor amanhã
-Espera - Digo lutando pra não sair mas quando vejo já estou do lado de fora.
Ane-chan me espera e ela vê meu olhar paralisado e diz:
-O que aconteceu??
Eu digo:
-Nada... só...
Quando vejo estou correndo para a porta em frente a sala e a abro não me importando com nada.
Infelizmente, não tem ninguém lá.
Velho doida, me enganando desse jeito.
Ane-chan demora um pouco pra sair mas quando sai nós jantamos e eu continuo com meu olhar parado, cheia de dúvidas e olhando sempre para a porta.
Pra variar, não consigo dormir de novo, fico olhando na janela do quarto a chuva caindo e pensando no que aquele velho louco havia me dito. Pode ser verdade?
Sou acordada cedo de novo e dessa vez, Ane-chan é a primeira no teste e eu fico na sala esperando. Eu acabo por cochilando por causa da demora. Mas a porta não se abre.
Quando Ane-chan acaba eu entro um pouco melhor esvaziando a minha mente e parando de pensar em tudo que o homem me contou.
Ele faz o mesmo processo de inspiração e respiração e de imaginação da magia , o que não é muito difícil.
Quando acaba ele apenas me entrega um papel explicando tudo que aconteceu naquele dia e me manda para fora do quarto e eu vou para a sala e me sento no sofá lendo: Só diz na caligrafia de meu pai que ele não morreu, fingiu a morte para poder usar a magia livremente mesmo tendo que abandonar suas coisas. Ele diz que sente muito por causa de mim e Mieko. Mal ele sabe que ela está morta.
Eu amasso o papel e faço uma chama na minha mão o queimando e jogando as cinzas na janela. Não quero saber, pra mim ele continua morto.
Ficamos mais 2 semanas aperfeiçoando o treinamento e depois disso já reduzimos bem nosso gasto. Eu não me importo se meu pai está ou não vivo, apenas vou pra casa com Ane-chan
Treino para: Redução de gastos mágicos em 50%
Palavras: 3.073
Eu desanimo vendo vários papeis coloridos falando:
-Propaganda. Propaganda. Contas. Propaganda. Propaganda. Carta do vizinho de reclamação. Carta da minha mãe. Propaganda...
Ane-chan fala rapidamente:
-Keiko, uma carta da sua mãe !
Eu falei com tanto desânimo que nem percebi, eu sento na mesa e a abro. A carta diz:
Keiko
Venha me visitar quando puder, achei outro diário de seu pai, mas esse apenas de magia, e gostaria que você viesse buscar pois não quero coisas do tipo em minha casa. Pode trazer sua amiga junto? Quero conhecê-la
Sua mãe
Me arrumo apressadamente jogando a carta em cima da cama e Ane-chan para para lê-la e ela se surpreende dizendo:
-Por....Porque sssssssua mãe quer me conhecer??- Ainda tenho leves agonias quando ela prolonga o " S " mas já estou me acostumando com isso.
-Ela é mãe, não perde o hábito. Só quer saber com quem ando - Digo gritando do banheiro escovando meu cabelo e o deixando mais arrumado possível. Desde que fiz a perícia tenho passado a me arrumar mais, acho que é um desses instintos de gatos.
Coloco minha roupa habitual a amaciando em meu corpo. Coloco a espada na bainha no cinto de minha saia e coloco a capa branca que combina com minha orelhas e cauda de gato. Eu a fecho no pescoço fazendo um V invertido em minha roupa e deixo o capuz abaixado.
Fazendo a vontade de minha mãe, Ane-chan vem comigo, caminho rapidamente pelas ruas de Magnólia, quase correndo e quando estou chegando em casa o vizinho me aborda de novo, mas dessa vez com sua filha: uma figura baixa de olhos verdes e cabelos loiros
Eu a cumprimento amigavelmente:
-Oi, Hana ! Oi , Pai da Hana ! - Digo querendo me apressar, eu lembro de como a menina era irritante
Hana me aborda dizendo:
-Quanto tempo! Ainda se culpa pela morte de sua irmã? Quem é essa? Por que tem orelhas de gato? O que faz com uma capa? Vai me machucar com a espada? Por que está aqui ? Porque está apressada? Olha você tem uma gata ! Qual o nome? O que é essa marca na sua mão?
Se eu pudesse responder só responderia " Vai me machucar com a espada?" " Não, vou matá-la com ela se ficar fazendo perguntas"
Eu fico zonza de muitas perguntas e acabo por falando já quase na porta de casa
-Depois falo com você, me mande cartas ! Estou com pressa
Minha mãe atende e Ane-chan se vira um pouco atrás de mim para vê: Ela tem cabelos castanhos e cacheados que caem no ombro e os mesmos olhos azuis que os meus. Os cabelos ruivos puxei de meu pai.
Ela pede para nós almoçarmos enquanto conversa com Ane-chan e me faz algumas perguntas, eu estou bem quieta pra falar a verdade, quero ver o diário de meu pai.
Minha mãe lava a louça ainda conversando com Ane-chan e eu vou pra sala com Nyo ao meu lado e espero. Ouço a voz das duas conversando, vejo que Ane-chan causou uma boa impressão em minha mãe.
Eu acabo cochilando e sou acordada por Ane-chan e vejo que minha mãe está com a chave do quarto indo em direção ao corredor, então vou rapidamente ao seu encontre e assim que ela abre a porta eu pulo para dentro e vou direto a escrivaninha onde um livro de capa de couro negro espera em cima. Ane-chan sai com minha mãe que pede para ela me deixar um pouco sozinha.
Eu leio as páginas que falam como melhorar meu desempenho em magia. Ele cita um velho amigo ancião que mora nas montanhas e poderia me ajudar com isso e tem uma breve citação: " Se for a Keiko, ele lhe reconhecera pelo cabelo mas caso seja Mieko, sugiro que leve sua irmã junto". Eu pego o livro o abraçando contra o peito e vou para a sala. Já escureceu e tem leves previsões de chuva. Eu encontro Ane-chan conversando e aprendendo a tricotar com minha mãe. Coitada dela não ter nada pra fazer esse tempo todo.
Minha mãe sugere que jantamos aqui hoje então aceitamos e eu e Ane-chan ficamos sentadas na sala sozinhas. A casa de minha mãe ainda tem o cheiro familiar de flores e amaciante o que me dá uma sensação de segurança e conforto. Como estamos sem nada o que fazer Ane-chan pergunta:
-Quem era aquela menina?
-Ah, ela era a única próxima de uma amiga depois que a minha irmã morreu. Eu não a agüentava e não agüento, acho que percebeu porque -Respondo
Ela muda de assunto dizendo:
-Hum, o que estava escrito no diário?
-Ah, sobre isso, tem uma maneira de gastarmos menos magia quando a usamos ! Só precisaremos ir a um templo em uma cidade próxima daqui. Você vem?-Pergunto
-Sssssssssim, também acho que preciso...-Ela diz prolongando novamente o " s "
Eu olho para o diário de capa de couro negro em minha mão e penso todos os dias em que ele se trancava no quarto deixando eu e minha irmã com minha mãe na sala, tantos dias que ele deve ter demorado pra ser escrito, ou brigado com a minha mãe para poder escrever. Todas as vezes que escondeu a magia de nós e agora quer desesperadamente que eu aprenda através de uma herança deixada por ele : o seu diário , que contém todas as suas experiências de vida tanto normal quanto mágica. E o pior: ele não teve uma morte brava como a de Mieko, ele morreu de ataque cardíaco. Acho que não agüentou a pressão de não poder usar magia ao lado de minha mãe e estavam sempre brigando, quando isso acontecia, eu ia para o quarto de Mieko e sentava em sua cama e nós duas rezávamos juntas para algum dia aquilo acabar. Bem, acabou, mas não do jeito que queríamos.
Sem perceber estou presa em meus pensamentos, minha mãe aparece e eu sinto uma pontada de ódio momentâneo por causa do que estava pensando. Passa, mas ainda sim sinto como se ela não tivesse mudado.
Nós jantamos conversando sobre quase nada, coisas que não importam. E eu penso no que estava pensando. Meu pai não teve um enterro. Ele simplesmente morreu no hospital e nos ligaram avisando que ele tinha morrido e seu pai falou que levá-lo-ia embora para ser enterrado junto aos avôs e avós. A ultima vez que vi meu pai? Não sei se lembro. Acho que foi quando ele estava doente e minha mãe o estava levando no hospital. Ele me olhou pela ultima vez dentro da carruagem alugada desesperadamente e minha mãe saiu me deixando sozinha com Mieko que me confortava falando que ia ficar tudo bem. Infelizmente, não ficou tudo bem, nem pude ver meu pai depois daquele dia.
Acabamos de jantar e eu coloco Nyo no meu colo a segurando com uma mão e na outra o diário.
Chego em casa com a cabeça cheia de coisas, acho que nunca pensei tanto sobre esse assunto desde que ele morreu. Eu vou para o quarto e me deito do jeito que estava, apenas tirando os sapatos e dormindo rapidamente.
Eu acordo cansada já com um objetivo em mente , vejo as minhas malas e as de Ane-chan na porta de casa já prontas para ser carregadas, acho que ela arrumou sem minha ajuda, tenho que compensar isso depois. Eu acordo com as roupas amarrotadas e vou tomar um banho. Acho incrivelmente relaxante a água quente depois que você acorda, embora você fique com mais sono ainda.
Está frio, eu coloco minhas roupas habituais com um casaco e uma capa branca que comprei pouco depois de entrar na Succubus, ela chega até o meu pé e me esquenta por dentro se eu a fecho então prefiro usá-la.
Ane-chan se prepara também e coloca sua capa por causa do frio, eu ainda acrescento cachecol e luvas , que esconde minha marca da Succubus.
Outro motivo por causa da capa: Ela esconde a bainha de minha espada permitindo eu andar sem olhares do tipo:"Socorro, ela vai me decapitar com essa espada !"
Nós iríamos pegar um templo para uma cidade próxima da qui e visitar um templo onde um homem diz ajudar com treinamentos do tipo magia, ele é um velho conhecido de meu pai então acho que nos receberá de braços abertos.
Quase perdemos o trem, mas só quase. Somos as ultimas a ocuparem o trem e ainda arranjamos confusão por Nyo não poder entrar , então ela usa sua magia e se transforma em Ane-chan, uma de suas memórias além de mim. Então a deixaram entrar mas tivemos que pagar outra passagem.
A viajem não demora e Nyo não pode voltar a forma gata então fica resmungando ao meu lado e se espreguiçando como uma gata gigante e me irritando enquanto leio , então ela finalmente para e se senta corretamente no banco , entediada.
Eu novamente reflito. Por que será que minha mãe não gosta de magia? Sabe, ninguém simplesmente odeia uma coisa sem motivo. Eu nunca perguntei sobre o passado dela por que ela realmente me dava medo e algumas vezes quando eu perguntava algo pra ela , ela acabava não respondendo. Já fiquei de castigo por causa de uma pergunta, mas Mieko me levava biscoitos escondidos da cozinha e ficava escondida comigo no meu quarto. Quando minha mãe ia verificar ela se escondia de baixo da cama. Mieko tinha os mesmos cabelos de minha mãe e os olhos verdes do meu pai e eu lembro claramente dela todos os dias. Tenho medo de esquecer como ela era antes de morrer
Bem , será que ela morreu por minha culpa mesmo? Eu a segui, mas se ela tivesse obedecido minha mãe isso nunca teria acontecido, não? E se ela nunca tivesse sido chamada pelo grupo também não teria ido na missão e morrido. E se outro amigo dela qualquer que fosse ficasse com aquele mago, o desfecho seria assim tão trágico?Eu fico presa em minhas próprias perguntas sem resposta por um bom tempo mas um solavanco no trem me faz voltar a realidade
Nós chegamos e Nyo vira novamente uma gata saindo correndo, eu sei que ela voltaria portanto não ligo, nós saímos e pegamos um guia rápido da cidade para podermos saber onde é a tal floresta.
No final é no sul e eu e Ane-chan vamos em direção a floresta com Nyo ao meu lado e a espada na bainha de meu cinto. Eu olho ao redor um pouco assustada, ouvindo alguns barulhos e ruídos.
Avistamos o templo de noite e estava entardecendo , começa a chover e estávamos num monte que era um lugar com grandes riscos de cair raios. Finalmente o avistamos: o templo,ele era um grande monumento de pedra com uma imensa escadaria que dava em um grande arco com árvores de cerejeira em volta. Nós entramos e encontramos algo parecido com uma casa e deduzo que seja do mago ancião conhecido de meu pai , a porta está aberta e então entro me sentando no sofá cansada sem nem antes saber se posso. Ane-chan fica parada na porta mas logo entra também
Um pouco depois um homem, que eu pensei que seria velho tem mais ou menos a idade que meu pai teria, aparece .Eu me levanto e le olha pra mim e para Ane-chan dizendo:
-Xô!
Ótimo. Um velho louco
Ane-chan se segura pra não rir como eu estou fazendo mas eu respiro e falo:
-Eu... Nós, estamos aqui para aprender com o senhor. Sou filha de John Lightwood.
Ele abaixa os óculos e me observa por alguns minutos tentando me reconhecer. Então ele fala levantando um dedo:
-Só um momentinho. Ele se vira e corre pra porta onde entrou e se ouvem cochichos de duas pessoas. ele não está sozinho
Ele volta e deixa a porta aberta e alguém a fecha subitamente sem eu conseguir ver quem era, eu curiosa pergunto:
-Quem...quem era?
-Ninguém que seja importante para vocês ,então, vamos conversar amanha , já está tarde e tem um quarto de hóspedes por ali. Se vocês não acordarem cedo amanhã não haverá treinamento. Agora, Xô!
Nós vamos para o quarto de hóspedes e eu caio de costas na cama escorrendo no chão e caindo sentada falando:
-Porque senhor... porque um velho doido senhor?
Eu fico pensando em quem estava atrás da porta, ele disse " Ninguém que seja importante ". Eu finjo dormir e quando são umas 2:00 da manhã eu levanto andando silenciosamente, o que minha perícia felina auxilia, até o quarto onde o homem estava e tento escutar algo. Nada. Então eu vou a sala e vejo as várias anotações em cima da mesa e me surpreendo: A caligrafia do meu pai. Eu pego o diário no quarto e comparo. As letras são idênticas.
Nesse momento ouço a porta se abrir e um par de olhos verdes me observa, quando eu viro ele fecha a porta rapidamente. O velho acorda com o barulho me vê e pergunta:
-O que faz aqui essa hora, criança?
-P-Pro-Procurando a cozinha ! - Dou uma desculpa rapidamente
-E para quê?
-Água, estou com sede.
Ele me trás uma garrafa d'água e me manda de volta para o quarto o trancando e jogando a chave por baixo da porta. Ele diz em tom abafado por causa da porta
-Se você sair daí, eu vou escutar o trinco da chave abrindo a porta. Nos vemos amanha as 8:00, melhor estar pronta
Ane-chan me acorda e estou incrivelmente sonolenta. Nós tomamos café com o ancião, mas o homem do quarto ainda não saiu.
Ele olha pra nós duas e aponta pra mim:
-Você! Vai começar primeiro, vocês tem que estar separadas se não ,não haverá concentração.
Eu sou mandada para uma sala com piso meio bege e paredes de vidro onde poso ver perfeitamente minha aparência o que me faz dar aquelas pequenas ajeitadas no cabelo e roupas. Ele acende algumas velas de incenso em volta dos espelhos e pede para eu sentar no centro e eu o faço. Ele diz:
-Agora feche os olhos - Eu vou fazendo o que ele pede - Respire, Inspire, Respire, inspire, calmamente.... repita esse processo por enquanto
Perco a conta de tantas vezes que faço isso e depois de um tempo ouço sua voz
-Pare, agora você se concentre em toda as sua magia do corpo
Eu faço isso imaginando todo meu poder mágico, eu sinto ele colocar a mão em minha cabeça e eu sinto um leve relaxamento, como se o peso da magia estivesse diminuindo em meu corpo. Ouço sua voz de novo:
-Agora o imagine ficando maior e mais forte .
Eu faço isso, era como se o meu poder mágico aumentasse tanto quanto ele ia ficando mais leve com o toque do Ancião.
Se passaram 3 horas desde que entrei no quarto e ele diz:
-Acabou com você por hoje.
Eu me levanto cansada e estou quase saindo quando ele fala:
-Ainda não
Eu viro confusa pra ele e ele diz:
-Tem uma coisa que preciso te contar Karen...
-Keiko -Interrompo
-Tanto faz, quer ouvir ou não? Bem é que.... eu sou o amigo do seu pai, você sabe disso certo?
-Sim...-Digo confusa
-Ok, vou ser direto: Ele está vivo .
Um choque atravessa minha mente, como? Imagino meu pai doente na cama de casa se recuperando de seu primeiro ataque quase morrendo. Eu e Mieko rezando quietas no quarto enquanto isso acontecia e minha mãe brigava com ele culpando a magia. Lembro de seu ultimo olhar pra mim e ele indo embora pra nunca mais me ver. E depois lembro dos olhos verdes me observando através da porta
Será verdade?
Percebo que é bom de mais pra ser, então digo:
-Ha! Gostei da pegadinha, posso ir agora? Estou cansada
-Não é brincadeira, ele não sai do quarto por causa de você
Eu fico em estado de choque e sei que estou prestes a desmaiar, não sei se sinto ódio ou se fico feliz, não sei o que tenho que fazer.
Ele é mais alto que eu, e coloca a mão em minhas costas me empurrando pra porta dizendo:
-Agora, vá, te conto melhor amanhã
-Espera - Digo lutando pra não sair mas quando vejo já estou do lado de fora.
Ane-chan me espera e ela vê meu olhar paralisado e diz:
-O que aconteceu??
Eu digo:
-Nada... só...
Quando vejo estou correndo para a porta em frente a sala e a abro não me importando com nada.
Infelizmente, não tem ninguém lá.
Velho doida, me enganando desse jeito.
Ane-chan demora um pouco pra sair mas quando sai nós jantamos e eu continuo com meu olhar parado, cheia de dúvidas e olhando sempre para a porta.
Pra variar, não consigo dormir de novo, fico olhando na janela do quarto a chuva caindo e pensando no que aquele velho louco havia me dito. Pode ser verdade?
Sou acordada cedo de novo e dessa vez, Ane-chan é a primeira no teste e eu fico na sala esperando. Eu acabo por cochilando por causa da demora. Mas a porta não se abre.
Quando Ane-chan acaba eu entro um pouco melhor esvaziando a minha mente e parando de pensar em tudo que o homem me contou.
Ele faz o mesmo processo de inspiração e respiração e de imaginação da magia , o que não é muito difícil.
Quando acaba ele apenas me entrega um papel explicando tudo que aconteceu naquele dia e me manda para fora do quarto e eu vou para a sala e me sento no sofá lendo: Só diz na caligrafia de meu pai que ele não morreu, fingiu a morte para poder usar a magia livremente mesmo tendo que abandonar suas coisas. Ele diz que sente muito por causa de mim e Mieko. Mal ele sabe que ela está morta.
Eu amasso o papel e faço uma chama na minha mão o queimando e jogando as cinzas na janela. Não quero saber, pra mim ele continua morto.
Ficamos mais 2 semanas aperfeiçoando o treinamento e depois disso já reduzimos bem nosso gasto. Eu não me importo se meu pai está ou não vivo, apenas vou pra casa com Ane-chan
Última edição por Keiko S. Lightwood em Qua Jan 01, 2014 5:40 pm, editado 2 vez(es)
Miya T. Akiyama- Rank D
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Re: Treino - Redução de Magia - Keiko S. Lightwood
Da vontade de reprovar, era pra me esperar, tsc tsc
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Re: Treino - Redução de Magia - Keiko S. Lightwood
The
;">
Acordo sonolenta e quase em um estado de semi consciência, eu havia sonhado com minha irmã novamente. Sei que, foi a muito tempo, mas o pior dia da minha a vida ainda aterroriza minha mente com pesadelos cada vez piores. Eu abro os olhos, ainda embaçados e com os cílios grudando por causa do sono. Eu me movo e me sento na cama esfregando os olhos e abrindo a janela ao meu lado. Um vento frio invade o quarto e fazem meus cabelos voar contra meu rosto e as cortinas seguirem seu ritmo. Eu me levanto e o chão gélido envolve meus pés. Eu ando lentamente, ainda com sono, para o banheiro, deixando Ane-chan e Nyo dormindo no quarto. Eu entro de baixo do chuveiro abrindo-o no mínimo possível para ficar quente, e me conforto com o vapor que logo se espalha pelo banheiro, embaçando o vidro e tronando a respiração mais lenta. Eu lavo meu cabelo preguiçosamente e demoradamente até perceber que se passam quase 1 hora e eu saio do chuveiro. Enrolando uma toalha em meu corpo e outra no cabelo, escovo os dentes rapidamente e saio do banheiro, deixando o vapor se esvair pelo quarto. Me visto com as roupas habituais e escovo meu longo cabelo sentada em minha cama. Ane-chan já acordou, mas não a vejo em lugar algum, deve estar na cozinha. Nyo está deitada em meu travesseiro e nem percebe minha presença direito.
Arrumada, mas descalça, vou a sala para ver Ane-chan e vejo que ela passei com um espanador pela casa, rapidamente o passando em volta dos livros na nossa alta estante, com Kero lhe ajudando a pegar os livros mais altos. Ela me percebe, se anima e diz :
-Keiko ! Desculpa, te acordei?
-Não, não, acho que acordei primeiro que você...
-Jura?- Ela pergunta retoricamente - Não percebi
-O que está fazendo?
-Ah sim, como não temos empregada, achei bom dar uma limpada na estante já que a usamos tanto, masssssssssss.... - Ela diz prolongando o " s " por causa de sua perícia de serpentes.
-Ah, então eu te ajudo ... - Eu falo, mas de repente,Os livros caem todos da estante se encontrando com o chão enquanto Kero voa desesperado.
Eu e Ane-chan nos ajoelhamos e começamos a pegar os livros. Mas eu noto rapidamente um livro que eu usei faz um tempinho, mas que até agora foi o que mais me ajudou em batalha. O de redução de Gasto Mágico.
Nós terminamos de guardar os livros e suspiramos, eu preparo o café e coloco a ração de Nyo enquanto Ane-chan alimenta Kero também. Nós tomamos café enquanto eu leio o livro que peguei quando a estante caiu e noto uma frase bem no começo: " O Usuário pode procurar um ancião ou fazer por si próprio " A primeira vez fomos na casa de um ancião, mas não gosto de me lembrar do dia. Outra frase me chama a atenção " O usuário pode fazer dois treinos podendo assim reduzir em 75% o gasto da magia " .Então, eu poderia fazer mais uma vez, o primeiro me ajudou muito em todas as batalhas por me permitir usar mais magias do que usaria normalmente sem problemas, seu definitivamente faria o segundo treino.
Ane-chan nota meu interesse e pergunta:
-O que foi?
-Ah, lembra do treino que fizemos?
-Qual deles?
-O de redução de gasto mágico - Ela assente lentamente - Então, podemos fazer dois para reduzir até 75 % - Digo animada
-você... vai voltar naquele tempo?
-Nunca, vamos em uma de Magnnólia mesmo , e vamos hoje. Sem atrasos ! - Digo correndo pro quarto para preparar minhas coisas. Nyo acorda e vai até a cozinha para comer sua ração que coloquei a um tempo e eu coloco minha capa negra a abotoando em meu pescoço e deixando seu capuz baixo. Coloco as botas negras também por causa do frio e do perigo de chover, e por fim, coloco a minha espada na bainha. Sempre é bom se prevenir. Ane-chan volta a seu quarto para pegar suas coisas e prepara Kero enquanto eu pego alguns livros da estante e meu dinheiro caso o ancião cobre - Caso nada, ele com certeza vai cobrar.
Ane-chan coloca sua capa juntamente a mim e nós duas saímos pelas ruas , está realmente frio, há poucas pessoas no centro e precisaríamos passar no centro de informações para saber a localização do mago, então primeiramente vamos ao centro.
Vazio. Era a única coisa que podia se esperar do lugar mais movimentado de Magnólia em um dia desses, acho que somos uma das únicas pessoas que sairia nesse frio. As outras ou seria um desocupado ou alguém realmente precisando. Não neva, mas tenho quase certeza de que está bem perto disso. Nós chegamos ao centro de informações e eu falo com a atendente que reclama inúmeras vezes do frio e se pergunta por que está trabalhando em um dia desses. Ela me dá a localização de 5 anciões e eu e Ane-chan escolhemos um em uma floresta, por sabermos que talvez ele não esteja tão ocupado quanto um popular.
Andamos pela estrada que leva a floresta, eu estou com Nyo em meu colo que ronrona e se aninha por causa do frio, enquanto Ane-chan anda descontraidamente com Kero em seu ombro, também dormindo.Demoramos em média 20 minutos para avistar : o pequeno templo de pedras meio desgastadas no meio da floresta e uma pequena casa de madeira com um moinho ao lado. Eu e Ane-chan nos apressamos e vamos primeiro a casa de madeira, eu me aproximo e bato a porta, então espero a resposta.
Por um bom tempo, ninguém aparece mas depois um senhor abre a porta. Ele tem a pele enrugada o que aparenta ser velho, mas não muito. Cabelos grisalhos e castanhos quase perdendo sua cor e olhos castanho-escuro quase negros. Ele levanta apenas uma sobrancelha e olha pra mim de cima a baixo, e depois se desvia de mim para olhar Ane-chan. Ele finalmente suspira e diz:
-Vocês tem coragem de vir até aqui num dia destes, por favor, entrem.
Nós entramos na casa, que nos enganamos quando pensamos " pequena ", e era bem confortável com uma grande lareira acesa em uma sala, protegida por uma tela para não deixar o fogo se espalhar pela casa, o que seria aterrorizante. Sofás com almofadas estão em cima de um tapete que preenche a frente da lareira. Há várias portas e pode-se enxergar uma grande estante em um corredor , repleta de livros. O senhor se senta em uma poltrona e nos convida a sentar nos sofás.
O calor é aconchegante nesse frio, Nyo pula de meu colo e se deita na frente da lareira se deixando ser tomada conta pelo tapete felpudo e macio, Kero faz o mesmo. O ancião suspira novamente e nos pergunta
-Então, no que posso ajudar?
-Queremos.... Isso ! - Digo tirando o livro da mochila e o entregando. Ele lê lentamente as palavras e nos fala:
-Claro, mas ficarei feliz em receber o dinheiro por isso.
Eu lhe entrego o dinheiro necessário e ele nos conduz a um quarto de visitas da casa, terá que ser que nem da primeira vez, apenas um de cada vez. Ane-chan pede para que pra mim vá primeiro então eu o faço.
Nos dirigimos ao templo, e ele faz igualmente ao ancião. Me pede para sentar em um uma almofada para obter mais conforto e se senta em minha frente.
-Primeiro, feche os olhos... - Sua voz é calma e eu o obedeço
-Agora, quero que imagine aquilo de mais importante paras você, leve o tempo que precisar
A coisa mais importante pra mim? Hum, vejamos, era minha irmã, mas será que ainda é? Atualmente eu tenho Ane-chan, Nyo , A guilda e outras pessoas que se importam comigo, claro, nunca esquecerei Mieko mas ela já se foi e não posso viver no passado se quiser seguir em frente.
Eu penso em Ane-chan, Nyo e na Tartarus, são tudo que tenho agora.
Como se estivesse lendo minha mente, o ancião diz:
-Agora, imagine sua magia, todo o seu poder mágico concentrado em sua mente
Eu faço o que ele pede embora demore um pouco, trabalhar a mente cansa muito.
-Agora, imagine essa magia, todas as vezes que a usou para proteger aquilo que te é mais importante e quantas vezes ainda vai usar.
Eu usei minha magia varias vezes, quando ainda estava na Fairy Tail fazendo as missões com Ane-chan, nos testes que já fiz, nos treinos também. Agora estou na Tartarus, mesmo sendo uma Dark Guild, e minha família agora. Usei magia apenas uma vez em meu teste mas estou sempre protegendo Ane-chan.
-Expanda-a - Ele só diz uma palavra mas eu imagino a magia fluindo pelo meu corpo, cada fibra e parte dele sendo envolvida pela magia. Sou envolvida por uma aura avermelhada, antigamente era azul, acho que tem relação com a guilda.
Se passam alguns minutos comigo controlando a minha magia até que ele diz:
-Por você, chega, chame a sua irmã...
-Ela não é minha irmã - interrompo
-Que seja , só a busque, estarei esperando ela aqui.
Eu saio do templo andando lentamente de volta a casa por causa do frio, Ane-chane stá lendo um livro sentada no sofá e eu entro indo rapidamente para a frente da lareira aquecer minhas mãos no fogo. Ane-chan abaixa o livro e pergunta:
-Então... como foi?
-Cansativo, ele está te esperando no templo
Ela sai apressadamente deixando Kero pra trás juntamente a Nyo. Eu vou a cozinha e descubro algumas coisas para comer, eu não percebi que estava com fome até quase atacar a geladeira do ancião.
Se passam algumas horas então eu resolvo tomar um banho por conta própria e ir dormir, assim que eu deito, eu percebo o quanto estava cansada. Exercícios com a mente me deixam assim. Durmo rapidamente
Eu estou na frente do corpo de minha irmã. Ela não respira e não tem pulso, sua pele está pálida e ela tem vários ferimentos no seu corpo. Eu olho para ela. Eu fiz isso. é minha culpa. Se eu não estivesse aqui, teria dado tudo certo. Eu olho para ela, uma lágrima rola de meu rosto. Eu a olho pela ultima vez quando seus olhos se abrem rapidamente, eles sãod e um vermelho sangue e de repente tudo fica negro.
Acordo ofegando e suando frio. Sento e coloco minhas mãos na testa, eu olho pela janela e há um sol invadindo o quarto. Eu tinha um pesadelo, de novo. Queria saber como parar isso. Acho que nunca vai parar, afinal , foi mesmo a minha culpa.
Eu me levanto ainda de pijama e vou ao banheiro do quarto de hóspedes do ancião. Tomo um banho rápido , também escovo os dentes e coloco um shorts jeans e camiseta vermelha, da cor de meu cabelo.
Saio do quarto e o senhor se levanta do sofá, dizendo:
-Aleluia - Ele joga os braços pro alto - Vocês tem idéia de que horas são?
-Hum... 10 horas?
-Sim ! 10 hora! perdemos 4 horas de treino. Coma logo algo e vamos pro templo!
Eu como rapidamente alguns sanduíches que se encontram no balcão da cozinha e saio correndo para o templo, tirando os sapatos ao entrar.
Eu me sento na almofada de novo e ele repete tudo novamente:
-Primeiro, feche os olhos... - Sua voz esta calma novamente, e isso me acalma
-Agora, quero que imagine aquilo de mais importante paras você, o mesmo de ontem.
A coisa mais importante pra mim? Hum, vejamos, era minha irmã, mas será que ainda é? Atualmente eu tenho Ane-chan, Nyo , A guilda e outras pessoas que se importam comigo, claro, nunca esquecerei Mieko mas ela já se foi e não posso viver no passado se quiser seguir em frente.
Eu penso em Ane-chan, Nyo e na Tartarus, são tudo que tenho agora, novamente
Então, o ancião diz:
-Agora, imagine sua magia, todo o seu poder mágico concentrado em sua mente
Eu faço o que ele pede embora demore um pouco
-Agora, imagine essa magia, todas as vezes que a usou para proteger aquilo que te é mais importante e quantas vezes ainda vai usar.
Eu usei minha magia varias vezes, quando ainda estava na Fairy Tail fazendo as missões com Ane-chan, nos testes que já fiz, nos treinos também. Agora estou na Tartarus, mesmo sendo uma Dark Guild, e minha família agora. Usei magia apenas uma vez em meu teste mas estou sempre protegendo Ane-chan.
-Expanda-a - Ele só diz uma palavra mas eu imagino a magia fluindo pelo meu corpo, cada fibra e parte dele sendo envolvida pela magia. Sou envolvida por uma aura avermelhada, antigamente era azul, acho que tem relação com a guilda.
Se passam alguns minutos comigo controlando a minha magia até que ele diz:
-Por você, chega - Eu acabo pela segunda vez e ele me dispensa.
Calço meus sapatos e chego na casinha. Ane-chan não acordou então eu o faço :
-Hey, Ane-chan, Ane-chaaaan - Ela se mexe e fala:
-Ããã... Que horassss ssssão? - Ela diz
-Hora de você ir ao templo.
Ela abre os olhos assustada pegando um casaco correndo e saindo de pijama, ouço a porta da casa bater. Estou sozinha novamente.
Eu aproveito para deitar no sofá e descansar um pouco. Nem percebo quando cochilo. Dessa vez, sem pesadelos. Graças a Deus.
Sou acordada por Ane-chan que diz:
-Keiko ! Acabou, vamos pra casa !
Nós nos arrumamos e quando estamos saindo falamos:
-Obrigada pela ajuda, tenha um bom dia !.
-Claro, claro. Voltem sempre que quiserem - O ancião diz da cozinha
Mas quando estamos pestes a sair, alguém gira a maçaneta e força a porta. Eu e Ane-chan nos olhamos e nos escondemos atrás dos sofás e poltronas. O ancião também parece perceber e se abaixa no balcão.
Um grupo de 5 magos entra, eles usam roupas de couro e capas negras, iguais as minhas e de Ane-chan. O símbolo de uma Dark guild está marcado em suas espadas. um usa um machado e percebo que uma usa uma adaga. Uma mulher.
O que está na frente, parecendo o líder, diz:
-Ótimo, acho que não há ninguém em casa.
Todos saem procurando por algo, no momento que eu e Ane-chan nos olhamos e ela assente. Nos levantamos de trás do sofá e 3 dos 5 magos estão na sala ainda, vigiando.
Eu não paro nem pra pensar. Um deles lança uma magia : Darkness. Eu então conjuro o The Nullifier e uso suas ondas sonoras, dissipando a magia.
Um deles percebe então alguém vem para cima de mim. A maga. Ela me arranha e sua capa cai aparecendo grandes orelhas. Outra com perícia felina. Eu logo grito
-Ane-chan, rápido !
Ela sabe o que fazer, ela vai lutar com um dos magos da sala, enquanto o outro foi pedir ajuda.
A maga me ataca com uma magia: Nekosuke Tube, mas eu logo a dissipo. Então uso minhas Wings of Phoenix e Speed Up e acelero minha velocidade, desembainhando minha espada e correndo na direção da maga, fazendo um longo corte horizontal em seu braço e costas. Ela cia no chão e eu bato em sua cabeça com o cabo da espada, para deixá-la inconsciente. Menos uma.
O ancião sumiu, ele talvez foi atrás dos magos que seguiram pela casa. O que foi pedir ajuda volta e eu tento-o cortar com minha espada novamente. Eu o acerto e faço o mesmo que fiz com a Maga o deixando inconsciente. Menos dois. Ane-chan havia cuidado do terceiro então havíamos acabado com três magos. Menos três.
Eu cancelo meu morcego , asas e Speed up quando o ancião volta falando.
-Foi por pouco... Deixem comigo agora. Vão logo !
Eu e Ane-chan saímos apressadas pela noite, ainda nos perguntando o que aconteceu lá e o que os magos queriam.
No dia seguinte, acordo com o mesmo pesadelo, ele não cansa de invadir a minha mente?
Eu e Ane-chan nos decidimos em ir de volta ao templo ver se estava tudo bem e o que tinah acontecido. E o fizemos.
Quando chegamos, o ancião nos chama do templo e nós os seguimos. Então ele fala:
-Graças a Deus.
Ele coloca a mão em nossa cabeça e fala algumas palavras. Então a aura avermelhada nos envolve e se dissipa.
-Agora, pronto. Vocês não haviam terminado, desculpe...
-O que aconteceu ontem? - Pergunto não dando muita importância pelo acontecido
-Argh, é a 3ª vez que eles invadem, eles estão atrás de um item especial que herdei de minha família e que será herdado para meus filhos.
-Ah, então....
-Mas obrigado do mesmo jeito, vocês me pouparam de uma enorme luta. Agora, eu tenho que terminar o treinamento, não vai demorar nem uma hora. E nesse vocês podem fazer juntas.
Nós entramos no templo de pedra, nos sentamos em almofadas e ele pega nossas mãos. Eu me acalmo e penso na minha magia, e tudo que ele pediu anteriormente. realmente, não demora muito, mas é bem cansativo. Quando fomos embora, era pleno 12:00 e eu estava com vontade de cair na minha cama para nunca mais acordar.
Nós paramos em um restaurante para almoçar, o que demora muito pois estávamos com bastantes sono, e a comida não ajudou. Depois disso, passamos na biblioteca parar devolver os livros que emprestamos semana passada. E quando chegamos em casa, não hesitamos em deitar e dormir.
Acordo em torno de 1:00 hora da manha e olho pela janela, eu desregulei todo o meu horário de sono, vai ser um saco para regular de novo. Ou vou começar a dormir como uma coruja.
Eu me levanto e esbarro em uma coisa no chão. Uma caixa marrom. Eu a abro e surge uma bailarina; A minha caixinha de musica. Eu giro sua corda muitas vezes e a coloco para tocar então deito novamente. Eu acabo por dormir, eu sonho mas dessa vez , minah irmã repete as palavras nele:
-Obrigado
Treino para: Redução de gastos mágicos em 50%
Palavras: 3.102
Arrumada, mas descalça, vou a sala para ver Ane-chan e vejo que ela passei com um espanador pela casa, rapidamente o passando em volta dos livros na nossa alta estante, com Kero lhe ajudando a pegar os livros mais altos. Ela me percebe, se anima e diz :
-Keiko ! Desculpa, te acordei?
-Não, não, acho que acordei primeiro que você...
-Jura?- Ela pergunta retoricamente - Não percebi
-O que está fazendo?
-Ah sim, como não temos empregada, achei bom dar uma limpada na estante já que a usamos tanto, masssssssssss.... - Ela diz prolongando o " s " por causa de sua perícia de serpentes.
-Ah, então eu te ajudo ... - Eu falo, mas de repente,Os livros caem todos da estante se encontrando com o chão enquanto Kero voa desesperado.
Eu e Ane-chan nos ajoelhamos e começamos a pegar os livros. Mas eu noto rapidamente um livro que eu usei faz um tempinho, mas que até agora foi o que mais me ajudou em batalha. O de redução de Gasto Mágico.
Nós terminamos de guardar os livros e suspiramos, eu preparo o café e coloco a ração de Nyo enquanto Ane-chan alimenta Kero também. Nós tomamos café enquanto eu leio o livro que peguei quando a estante caiu e noto uma frase bem no começo: " O Usuário pode procurar um ancião ou fazer por si próprio " A primeira vez fomos na casa de um ancião, mas não gosto de me lembrar do dia. Outra frase me chama a atenção " O usuário pode fazer dois treinos podendo assim reduzir em 75% o gasto da magia " .Então, eu poderia fazer mais uma vez, o primeiro me ajudou muito em todas as batalhas por me permitir usar mais magias do que usaria normalmente sem problemas, seu definitivamente faria o segundo treino.
Ane-chan nota meu interesse e pergunta:
-O que foi?
-Ah, lembra do treino que fizemos?
-Qual deles?
-O de redução de gasto mágico - Ela assente lentamente - Então, podemos fazer dois para reduzir até 75 % - Digo animada
-você... vai voltar naquele tempo?
-Nunca, vamos em uma de Magnnólia mesmo , e vamos hoje. Sem atrasos ! - Digo correndo pro quarto para preparar minhas coisas. Nyo acorda e vai até a cozinha para comer sua ração que coloquei a um tempo e eu coloco minha capa negra a abotoando em meu pescoço e deixando seu capuz baixo. Coloco as botas negras também por causa do frio e do perigo de chover, e por fim, coloco a minha espada na bainha. Sempre é bom se prevenir. Ane-chan volta a seu quarto para pegar suas coisas e prepara Kero enquanto eu pego alguns livros da estante e meu dinheiro caso o ancião cobre - Caso nada, ele com certeza vai cobrar.
Ane-chan coloca sua capa juntamente a mim e nós duas saímos pelas ruas , está realmente frio, há poucas pessoas no centro e precisaríamos passar no centro de informações para saber a localização do mago, então primeiramente vamos ao centro.
Vazio. Era a única coisa que podia se esperar do lugar mais movimentado de Magnólia em um dia desses, acho que somos uma das únicas pessoas que sairia nesse frio. As outras ou seria um desocupado ou alguém realmente precisando. Não neva, mas tenho quase certeza de que está bem perto disso. Nós chegamos ao centro de informações e eu falo com a atendente que reclama inúmeras vezes do frio e se pergunta por que está trabalhando em um dia desses. Ela me dá a localização de 5 anciões e eu e Ane-chan escolhemos um em uma floresta, por sabermos que talvez ele não esteja tão ocupado quanto um popular.
Andamos pela estrada que leva a floresta, eu estou com Nyo em meu colo que ronrona e se aninha por causa do frio, enquanto Ane-chan anda descontraidamente com Kero em seu ombro, também dormindo.Demoramos em média 20 minutos para avistar : o pequeno templo de pedras meio desgastadas no meio da floresta e uma pequena casa de madeira com um moinho ao lado. Eu e Ane-chan nos apressamos e vamos primeiro a casa de madeira, eu me aproximo e bato a porta, então espero a resposta.
Por um bom tempo, ninguém aparece mas depois um senhor abre a porta. Ele tem a pele enrugada o que aparenta ser velho, mas não muito. Cabelos grisalhos e castanhos quase perdendo sua cor e olhos castanho-escuro quase negros. Ele levanta apenas uma sobrancelha e olha pra mim de cima a baixo, e depois se desvia de mim para olhar Ane-chan. Ele finalmente suspira e diz:
-Vocês tem coragem de vir até aqui num dia destes, por favor, entrem.
Nós entramos na casa, que nos enganamos quando pensamos " pequena ", e era bem confortável com uma grande lareira acesa em uma sala, protegida por uma tela para não deixar o fogo se espalhar pela casa, o que seria aterrorizante. Sofás com almofadas estão em cima de um tapete que preenche a frente da lareira. Há várias portas e pode-se enxergar uma grande estante em um corredor , repleta de livros. O senhor se senta em uma poltrona e nos convida a sentar nos sofás.
O calor é aconchegante nesse frio, Nyo pula de meu colo e se deita na frente da lareira se deixando ser tomada conta pelo tapete felpudo e macio, Kero faz o mesmo. O ancião suspira novamente e nos pergunta
-Então, no que posso ajudar?
-Queremos.... Isso ! - Digo tirando o livro da mochila e o entregando. Ele lê lentamente as palavras e nos fala:
-Claro, mas ficarei feliz em receber o dinheiro por isso.
Eu lhe entrego o dinheiro necessário e ele nos conduz a um quarto de visitas da casa, terá que ser que nem da primeira vez, apenas um de cada vez. Ane-chan pede para que pra mim vá primeiro então eu o faço.
Nos dirigimos ao templo, e ele faz igualmente ao ancião. Me pede para sentar em um uma almofada para obter mais conforto e se senta em minha frente.
-Primeiro, feche os olhos... - Sua voz é calma e eu o obedeço
-Agora, quero que imagine aquilo de mais importante paras você, leve o tempo que precisar
A coisa mais importante pra mim? Hum, vejamos, era minha irmã, mas será que ainda é? Atualmente eu tenho Ane-chan, Nyo , A guilda e outras pessoas que se importam comigo, claro, nunca esquecerei Mieko mas ela já se foi e não posso viver no passado se quiser seguir em frente.
Eu penso em Ane-chan, Nyo e na Tartarus, são tudo que tenho agora.
Como se estivesse lendo minha mente, o ancião diz:
-Agora, imagine sua magia, todo o seu poder mágico concentrado em sua mente
Eu faço o que ele pede embora demore um pouco, trabalhar a mente cansa muito.
-Agora, imagine essa magia, todas as vezes que a usou para proteger aquilo que te é mais importante e quantas vezes ainda vai usar.
Eu usei minha magia varias vezes, quando ainda estava na Fairy Tail fazendo as missões com Ane-chan, nos testes que já fiz, nos treinos também. Agora estou na Tartarus, mesmo sendo uma Dark Guild, e minha família agora. Usei magia apenas uma vez em meu teste mas estou sempre protegendo Ane-chan.
-Expanda-a - Ele só diz uma palavra mas eu imagino a magia fluindo pelo meu corpo, cada fibra e parte dele sendo envolvida pela magia. Sou envolvida por uma aura avermelhada, antigamente era azul, acho que tem relação com a guilda.
Se passam alguns minutos comigo controlando a minha magia até que ele diz:
-Por você, chega, chame a sua irmã...
-Ela não é minha irmã - interrompo
-Que seja , só a busque, estarei esperando ela aqui.
Eu saio do templo andando lentamente de volta a casa por causa do frio, Ane-chane stá lendo um livro sentada no sofá e eu entro indo rapidamente para a frente da lareira aquecer minhas mãos no fogo. Ane-chan abaixa o livro e pergunta:
-Então... como foi?
-Cansativo, ele está te esperando no templo
Ela sai apressadamente deixando Kero pra trás juntamente a Nyo. Eu vou a cozinha e descubro algumas coisas para comer, eu não percebi que estava com fome até quase atacar a geladeira do ancião.
Se passam algumas horas então eu resolvo tomar um banho por conta própria e ir dormir, assim que eu deito, eu percebo o quanto estava cansada. Exercícios com a mente me deixam assim. Durmo rapidamente
Eu estou na frente do corpo de minha irmã. Ela não respira e não tem pulso, sua pele está pálida e ela tem vários ferimentos no seu corpo. Eu olho para ela. Eu fiz isso. é minha culpa. Se eu não estivesse aqui, teria dado tudo certo. Eu olho para ela, uma lágrima rola de meu rosto. Eu a olho pela ultima vez quando seus olhos se abrem rapidamente, eles sãod e um vermelho sangue e de repente tudo fica negro.
Acordo ofegando e suando frio. Sento e coloco minhas mãos na testa, eu olho pela janela e há um sol invadindo o quarto. Eu tinha um pesadelo, de novo. Queria saber como parar isso. Acho que nunca vai parar, afinal , foi mesmo a minha culpa.
Eu me levanto ainda de pijama e vou ao banheiro do quarto de hóspedes do ancião. Tomo um banho rápido , também escovo os dentes e coloco um shorts jeans e camiseta vermelha, da cor de meu cabelo.
Saio do quarto e o senhor se levanta do sofá, dizendo:
-Aleluia - Ele joga os braços pro alto - Vocês tem idéia de que horas são?
-Hum... 10 horas?
-Sim ! 10 hora! perdemos 4 horas de treino. Coma logo algo e vamos pro templo!
Eu como rapidamente alguns sanduíches que se encontram no balcão da cozinha e saio correndo para o templo, tirando os sapatos ao entrar.
Eu me sento na almofada de novo e ele repete tudo novamente:
-Primeiro, feche os olhos... - Sua voz esta calma novamente, e isso me acalma
-Agora, quero que imagine aquilo de mais importante paras você, o mesmo de ontem.
A coisa mais importante pra mim? Hum, vejamos, era minha irmã, mas será que ainda é? Atualmente eu tenho Ane-chan, Nyo , A guilda e outras pessoas que se importam comigo, claro, nunca esquecerei Mieko mas ela já se foi e não posso viver no passado se quiser seguir em frente.
Eu penso em Ane-chan, Nyo e na Tartarus, são tudo que tenho agora, novamente
Então, o ancião diz:
-Agora, imagine sua magia, todo o seu poder mágico concentrado em sua mente
Eu faço o que ele pede embora demore um pouco
-Agora, imagine essa magia, todas as vezes que a usou para proteger aquilo que te é mais importante e quantas vezes ainda vai usar.
Eu usei minha magia varias vezes, quando ainda estava na Fairy Tail fazendo as missões com Ane-chan, nos testes que já fiz, nos treinos também. Agora estou na Tartarus, mesmo sendo uma Dark Guild, e minha família agora. Usei magia apenas uma vez em meu teste mas estou sempre protegendo Ane-chan.
-Expanda-a - Ele só diz uma palavra mas eu imagino a magia fluindo pelo meu corpo, cada fibra e parte dele sendo envolvida pela magia. Sou envolvida por uma aura avermelhada, antigamente era azul, acho que tem relação com a guilda.
Se passam alguns minutos comigo controlando a minha magia até que ele diz:
-Por você, chega - Eu acabo pela segunda vez e ele me dispensa.
Calço meus sapatos e chego na casinha. Ane-chan não acordou então eu o faço :
-Hey, Ane-chan, Ane-chaaaan - Ela se mexe e fala:
-Ããã... Que horassss ssssão? - Ela diz
-Hora de você ir ao templo.
Ela abre os olhos assustada pegando um casaco correndo e saindo de pijama, ouço a porta da casa bater. Estou sozinha novamente.
Eu aproveito para deitar no sofá e descansar um pouco. Nem percebo quando cochilo. Dessa vez, sem pesadelos. Graças a Deus.
Sou acordada por Ane-chan que diz:
-Keiko ! Acabou, vamos pra casa !
Nós nos arrumamos e quando estamos saindo falamos:
-Obrigada pela ajuda, tenha um bom dia !.
-Claro, claro. Voltem sempre que quiserem - O ancião diz da cozinha
Mas quando estamos pestes a sair, alguém gira a maçaneta e força a porta. Eu e Ane-chan nos olhamos e nos escondemos atrás dos sofás e poltronas. O ancião também parece perceber e se abaixa no balcão.
Um grupo de 5 magos entra, eles usam roupas de couro e capas negras, iguais as minhas e de Ane-chan. O símbolo de uma Dark guild está marcado em suas espadas. um usa um machado e percebo que uma usa uma adaga. Uma mulher.
O que está na frente, parecendo o líder, diz:
-Ótimo, acho que não há ninguém em casa.
Todos saem procurando por algo, no momento que eu e Ane-chan nos olhamos e ela assente. Nos levantamos de trás do sofá e 3 dos 5 magos estão na sala ainda, vigiando.
Eu não paro nem pra pensar. Um deles lança uma magia : Darkness. Eu então conjuro o The Nullifier e uso suas ondas sonoras, dissipando a magia.
Um deles percebe então alguém vem para cima de mim. A maga. Ela me arranha e sua capa cai aparecendo grandes orelhas. Outra com perícia felina. Eu logo grito
-Ane-chan, rápido !
Ela sabe o que fazer, ela vai lutar com um dos magos da sala, enquanto o outro foi pedir ajuda.
A maga me ataca com uma magia: Nekosuke Tube, mas eu logo a dissipo. Então uso minhas Wings of Phoenix e Speed Up e acelero minha velocidade, desembainhando minha espada e correndo na direção da maga, fazendo um longo corte horizontal em seu braço e costas. Ela cia no chão e eu bato em sua cabeça com o cabo da espada, para deixá-la inconsciente. Menos uma.
O ancião sumiu, ele talvez foi atrás dos magos que seguiram pela casa. O que foi pedir ajuda volta e eu tento-o cortar com minha espada novamente. Eu o acerto e faço o mesmo que fiz com a Maga o deixando inconsciente. Menos dois. Ane-chan havia cuidado do terceiro então havíamos acabado com três magos. Menos três.
Eu cancelo meu morcego , asas e Speed up quando o ancião volta falando.
-Foi por pouco... Deixem comigo agora. Vão logo !
Eu e Ane-chan saímos apressadas pela noite, ainda nos perguntando o que aconteceu lá e o que os magos queriam.
No dia seguinte, acordo com o mesmo pesadelo, ele não cansa de invadir a minha mente?
Eu e Ane-chan nos decidimos em ir de volta ao templo ver se estava tudo bem e o que tinah acontecido. E o fizemos.
Quando chegamos, o ancião nos chama do templo e nós os seguimos. Então ele fala:
-Graças a Deus.
Ele coloca a mão em nossa cabeça e fala algumas palavras. Então a aura avermelhada nos envolve e se dissipa.
-Agora, pronto. Vocês não haviam terminado, desculpe...
-O que aconteceu ontem? - Pergunto não dando muita importância pelo acontecido
-Argh, é a 3ª vez que eles invadem, eles estão atrás de um item especial que herdei de minha família e que será herdado para meus filhos.
-Ah, então....
-Mas obrigado do mesmo jeito, vocês me pouparam de uma enorme luta. Agora, eu tenho que terminar o treinamento, não vai demorar nem uma hora. E nesse vocês podem fazer juntas.
Nós entramos no templo de pedra, nos sentamos em almofadas e ele pega nossas mãos. Eu me acalmo e penso na minha magia, e tudo que ele pediu anteriormente. realmente, não demora muito, mas é bem cansativo. Quando fomos embora, era pleno 12:00 e eu estava com vontade de cair na minha cama para nunca mais acordar.
Nós paramos em um restaurante para almoçar, o que demora muito pois estávamos com bastantes sono, e a comida não ajudou. Depois disso, passamos na biblioteca parar devolver os livros que emprestamos semana passada. E quando chegamos em casa, não hesitamos em deitar e dormir.
Acordo em torno de 1:00 hora da manha e olho pela janela, eu desregulei todo o meu horário de sono, vai ser um saco para regular de novo. Ou vou começar a dormir como uma coruja.
Eu me levanto e esbarro em uma coisa no chão. Uma caixa marrom. Eu a abro e surge uma bailarina; A minha caixinha de musica. Eu giro sua corda muitas vezes e a coloco para tocar então deito novamente. Eu acabo por dormir, eu sonho mas dessa vez , minah irmã repete as palavras nele:
-Obrigado
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