[Missão] A saga do Saqueador [Kiro]

Kiro, la Muerte

-Nunca me pegará seu babaca! – E ele berrava correndo desesperadamente em direção ao nada enquanto eu o observava e o perseguia de cima das casas – Meio idiota uma pessoa assaltar a um banco e ficar pelos arredores! – Gritei enquanto pulava para baixo, agora, estávamos em uma perseguição no solo.

Pude ver o quão ágil o ladrão era, desviava de todas as pessoas e obstáculos a seu frente – Eu quero acabar log... – Antes eu pudesse concluir minha fala, o ladrão dava um de seus rápidos giros no ar e voltava a correr, sabia o que aquilo significava. Uma dor suportável no meu braço direito me fazia desacelerar, como de outras vezes, olhei, mas não via nada, apenas uma bolha mínima de sangue, ignorei e continuei a perseguição... Ficamos neste mesmo “ciclo” até o ladrão chegar a um enorme salão. Abriu o portão e adentrou. – Finalmente!- falei enquanto me aproximava do grande portão, diminui meu passo e fiz o mesmo.

O salão era clareado pela luz que refletia no teto de vidro, lembrava-me uma igreja, mas era menor, paredes bem rebocadas e pilastras espalhadas pro toda a área. No centro, encontrava-se ele e no final do salão, o saco cheio de riquezas, provavelmente. – Não tem como fugir de você, foi aqui que guarde meu roubo, pretendo não devolver! – De sua cintura ele tirou uma adaga simples – Vamos começar! – Sorri – Isso não vai durar muito tempo. – Falei enquanto erguia minha mão em sua direção. – Vamos! - Gargalhei.

Com uma movimentação veloz, o ladrão põe a mão no bolso e lança algo enquanto corre em minha direção já com a adaga pronto. – Fácil. – Sussurrei, teria desviado do ataque facilmente, mas fui surpreendido pela dor suportável de mais cedo, dessa vez em meu braço esquerdo, voltei toda minha atenção para o sangue que acabara de aparecer. Foi tarde de mais quando percebi que aquilo era só uma distração, ao voltar minha atenção ao ladrão pude sentir o corte de leve em minha face pela adaga, arregalei os olhos enquanto via-o passar por mim, o ladrão errou seu ataque, fazendo um pequeno ferimento em minha bochecha – Não! – Gritou enquanto se preparava para um novo ataque – Não perdere... – Antes que pudesse terminar a fala, sente a água quente em todo seu corpo jogando-o contra a pilastra – Pronto! – Falei limpando o rosto melado de sangue. Acabara de usar o gêiser.


Na viagem de volta a guilde conversamos, pude perceber o quão sarcástico Jairo, o ladrão era, era frio, fiel a seu comandante, não me falou uma palavra a viagem inteira, apenas disse seu nome como um ato de respeito, não podia o obrigar a fazer nada, aliás, era Eren, meu mestre, quem iria prestar contas. Silenciei...

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